2023 EM
NÚMEROS
O ano de 2023 foi um ano extremamente positivo para o panorama das renováveis nacionais, sendo os maiores contribuidores para este resultado o parque eólico nacional, totalizando 27,3% da geração de eletricidade (13 116 GWh), seguindo-se a energia hídrica que contou com 24,7% (11 867 GWh), mais 83% que no ano anterior (6 483 GWh) e, por fim, a solar fotovoltaica com uma quota correspondente de 12,1% (5 800 GWh), incorporando produção centralizada e descentralizada.
Consequentemente, é relevante referir que a produção elétrica através de combustíveis fósseis reduziu 37% face à produção de 2022. Por outro lado, é de destacar que o setor renovável em Portugal atingiu um máximo de produção histórico, com uma quota de 70,6% do total produzido no ano em análise, correspondendo a 32 399 GWh dos 45 891 GWh produzidos num ano.
A nível continental foram registados índices de eolicidade e hidraulicidade de 0,99 e índice de solaridade de 1,01.
A nível continental, aproveitando o embalo que se verificou em dezembro de 2022, no que diz respeito à produtibilidade renovável, janeiro de 2023 foi o mês em que se verificou uma maior percentagem de produção renovável, situando-se nos 84,4%. Este resultado traduziu-se num elevado número de horas cuja produção de eletricidade por fontes de energia renovável seria suficiente para suprir o consumo nacional, verificando-se 328 horas não consecutivas de geração 100% renovável neste mesmo mês. Nestes períodos, o preço médio da eletricidade no mercado grossista situou-se nos 41,42 €/MWh.
Em termos de trocas internacionais para o ano em análise, verificou-se um aumento de 10,4% do saldo importador nacional (10 218 GWh) face ao valor registado em 2022 (9 258 GWh). Como referido anteriormente, a redução em 36% da produção elétrica via aproveitamentos fósseis justifica-se pelo ligeiro incremento da importação do mercado espanhol, em combinação com o aumento da geração de eletricidade renovável.
A geração de eletricidade renovável, em 2023, acrescentou importantes ganhos para a economia nacional e ambiente, pois permitiu: (i) a poupança de cerca de 626 milhões de euros em importações de combustíveis fósseis (gás natural, fuelóleo e gasóleo); (ii) a poupança de 750 milhões de euros em licenças de emissão de CO₂; e (iii) a redução de 9,7 milhões de toneladas de CO₂-eq.