POTÊNCIA INSTALADA DAS FONTES DE GERAÇÃO DE ELETRICIDADE EM PORTUGAL (2000-2022)

O parque electroprodutor português sofreu uma mudança de paradigma no que se refere à origem das principais fontes de abastecimento nas últimas duas décadas. A partir de 2005 verificou-se um acréscimo gradual da potência renovável instalada, sendo que o parque electroprodutor renovável é hoje 2,7 vezes superior quando comparado com esse ano, facto que contribuiu para o aumento da capacidade total de geração de eletricidade de 41,7%, face a 2005. Por sua vez, desde 2011 a potência fóssil instalada tem vindo a apresentar uma redução que foi acentuada em 2021 com a desativação das centrais a carvão de Sines e do Pego.
FONTE: DGEG, ANÁLISE APREN

GERAÇÃO DE ELETRICIDADE
EM PORTUGAL CONTINENTAL (1970-2022)

A maior utilização dos recursos endógenos e renováveis portugueses para a produção de eletricidade tem alterado a composição do mix de geração de eletricidade em Portugal e tem, consecutivamente, desempenhado um papel cada vez mais determinante na satisfação do consumo. No gráfico verifica-se que a partir de 2005 as renováveis começam a assumir gradualmente uma importante fatia da geração, sobretudo com o crescimento da geração eólica.

FONTE: DGEG, ANÁLISE APREN

PESO DAS DIFERENTES FONTES DE GERAÇÃO
DE ELETRICIDADE NO MIX PORTUGUÊS (2000-2022)

O aumento da incorporação renovável na geração de eletricidade tem levado à redução da utilização de tecnologias com base em combustíveis fósseis, tendo registado, em 2022, 40,7%.
FONTE: REN, EDA, EEM, ANÁLISE APREN
NOTA: ESTE VALOR PERCENTUAL REFERE-SE AO TOTAL DA GERAÇÃO ELÉCTRICA NACIONAL

TAXA DE DEPENDÊNCIA ENERGÉTICA (2000-2022)

O aumento da geração de eletricidade renovável permitiu a redução da dependência energética do País nas duas primeiras décadas do século XXI. Em suma, a dependência energética diminuiu 17% desde 2000. No entanto, entre 2015 e 2019, é de realçar que existiu uma tendência de estagnação, que foi contrária a 2020 e 2021, que, como sabemos, foram anos marcados pela crise pandémica. Já o ano de 2022 trouxe um aumento na dependência energética, resultante da seca extrema, que afetou a produtibilidade hidroelétrica.
FONTE: DGEG, 2023, ANÁLISE APREN
* DEPENDÊNCIA ENERGÉTICA CALCULADA A PARTIR DE UMA REGRESSÃO LINEAR, COM BASE NA PERCENTAGEM DE INCORPORAÇÃO RENOVÁVEL REAL PUBLICADA PELA DGEG.

CUSTOS EVITADOS EM IMPORTAÇÕES
DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS (2013-2022)

A eletricidade renovável é um fator determinante para a redução da balança de importação de combustíveis fósseis e para a diminuição da dependência energética do exterior. Os custos evitados totalizam 15,6 mil milhões de euros desde 2013.
FONTE: DGEG, WORLDBANK, ERSE, REN, EDA, EEM, ANÁLISE APREN

CONTRIBUTO DAS FER-E PARA A REDUÇÃO DAS
EMISSÕES DE GASES COM EFEITO
DE ESTUFA (2013-2022)

A eletricidade renovável permitiu evitar, a nível nacional, emissões de CO₂ que totalizam 121 megatoneladas de CO₂-eq entre 2013 e 2022, o que equivale a cerca de 77% das emissões do setor dos transportes rodoviários para o mesmo período. O valor das licenças de emissão de CO₂ evitadas foi estimado em 582 milhões de euros em 2022.
Fonte: SendCO2, DGEG, ERSE, REN, EDA, EEM, análise APREN

EMPREGO GERADO PELO SETOR
DA ELETRICIDADE RENOVÁVEL (2013-2022)

O investimento no setor renovável tem contribuído significativamente para a criação de postos de trabalho qualificados (diretos e indiretos) e para o reforço da coesão territorial. Este reforço deve-se principalmente à localização de alguns projetos em zonas socioeconómicas menos favorecidas. No final do ano de 2022 estima-se que o setor renovável empregava mais de 77 mil pessoas.
Nota: para a estimativa do emprego gerado pelo setor da eletricidade renovável em 2021 e 2022 recorreu-se a uma regressão linear considerando os valores calculados pela deloitte e os previstos para 2025 e 2030 no estudo mais recente do impacto macroeconómico do setor da eletricidade de origem renovável em portugal.

Fonte: estudo do impacto macroeconómico do setor da eletricidade de origem renovável em portugal, deloitte, 2014 (2010-2013); Impacto da eletricidade de origem renovável, deloitte, 2021 (2014-2019); estudo do impacto da eletricidade de origem renovável no preço suportado pelo consumidor em 2021, deloitte 2022; análise apren

CONTRIBUIÇÃO DO SETOR DA ELETRICIDADE
RENOVÁVEL PARA O PIB (2013-2022)

A incorporação de fontes renováveis na geração de eletricidade contribuiu com 2,2% para o PIB nacional em 2022. A tecnologia que mais se destaca é a eólica, uma vez que existe uma cadeia de valor que agrega a produção de componentes industriais e um conjunto de atividades de I&D e de serviços.
Nota: para a estimativa do emprego gerado pelo setor da eletricidade renovável em 2021 e 2022 recorreu-se a uma regressão linear considerando os valores calculados pela deloitte e os previstos para 2025 e 2030 no estudo mais recente do impacto macroeconómico do setor da eletricidade de origem renovável em portugal.

Fonte: estudo do impacto macroeconómico do setor da eletricidade de origem renovável em portugal, deloitte, 2014 (2010-2013); impacto da eletricidade de origem renovável, deloitte, 2021 (2014-2019); estudo do impacto da eletricidade de origem renovável no preço suportado pelo consumidor em 2021, Deloitte 2022

CONTRIBUIÇÃO DO SETOR DA ELETRICIDADE
RENOVÁVEL PARA A SEGURANÇA SOCIAL,
DERRAMA E IRC

Estima-se que incorporação de fontes renováveis na geração de eletricidade tenha contribuído, nos últimos sete anos, com 3 889 milhões de euros para a Segurança Social, 1 715 milhões de euros para o IRC, 115 milhões de euros para a Derrama, 3 221 milhões de euros para o IRS e 3 944 milhões de euros para o IVA.
Nota: para a estimativa do emprego gerado pelo setor da eletricidade renovável em 2021 e 2022 recorreu-se a uma regressão linear considerando os valores calculados pela deloitte e os previstos para 2025 e 2030 no estudo mais recente do impacto macroeconómico do setor da eletricidade de origem renovável em portugal.

Fonte: estudo do impacto macroeconómico do setor da eletricidade de origem renovável em portugal, deloitte, 2014 (2010-2013); impacto da eletricidade de origem renovável, deloitte, 2021 (2014-2019); estudo do impacto da eletricidade de origem renovável no preço suportado pelo consumidor em 2021, deloitte 2022; análise apren