POTÊNCIA INSTALADA DAS FONTES DE GERAÇÃO DE ELETRICIDADE EM PORTUGAL (2000-2023)

O parque electroprodutor português sofreu uma mudança de paradigma no que se refere à origem das principais fontes de abastecimento nas últimas duas décadas. A partir de 2005 verificou-se um acréscimo gradual da potência renovável instalada, sendo que o parque electroprodutor renovável é hoje três vezes superior quando comparado com esse ano, facto que contribuiu para o aumento da capacidade total de geração de eletricidade de 76,6%, face a 2005. Por sua vez, desde 2011 a potência fóssil instalada tem vindo a apresentar uma redução que foi acentuada em 2021 com a desativação das centrais a carvão de Sines e do Pego.
FONTE: DGEG, análise APREN

GERAÇÃO DE ELETRICIDADE
EM PORTUGAL CONTINENTAL (1970-2023)

A maior utilização dos recursos endógenos e renováveis portugueses para a produção de eletricidade tem alterado a composição do mix de geração de eletricidade em Portugal e tem, consecutivamente, desempenhado um papel cada vez mais determinante na satisfação do consumo. No gráfico verifica-se que a partir de 2005 as renováveis começaram a assumir gradualmente uma importante fatia da geração, sobretudo com o crescimento da geração eólica. Destaca-se ainda o crescimento que a energia solar tem vindo a apresentar desde 2019, tendo quadruplicado a sua potência instalada.

FONTE: DGEG, análise APREN

PESO DAS DIFERENTES FONTES DE GERAÇÃO
DE ELETRICIDADE NO MIX PORTUGUÊS (2000-2023)

O aumento da incorporação renovável na geração de eletricidade tem levado à redução da utilização de tecnologias com base em combustíveis fósseis, tendo registado, em 2023, o valor de 70,6%.
FONTE: REN, EDA, EEM, análise APREN
NOTA: Este valor percentual refere-se ao total da geração elétrica nacional

TAXA DE DEPENDÊNCIA ENERGÉTICA (1995-2023)

O aumento da geração de eletricidade renovável permitiu a redução da dependência energética do País, nas duas primeiras décadas do século XXI. Em suma, a dependência energética diminuiu 18% desde 2000. No entanto, entre 2015 e 2019, é de realçar que existiu uma tendência de estagnação, contrária a 2020 e 2021, que foram anos marcados pela crise pandémica, invertendo novamente no ano de 2022 resultante da seca extrema que afetou a produtividade hidroelétrica. Ainda assim, para 2023, estima-se, novamente, uma redução da dependência energética para 68,4%.*
FONTE: DGEG, 2023, análise APREN
* Dependência energética para 2023 (previsão) calculada a partir de regressão linear através do histórico de valores publicados pela DGEG.

CUSTOS EVITADOS EM IMPORTAÇÕES
DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS (2013-2023)

A eletricidade renovável é um fator determinante para a redução da balança de importação de combustíveis fósseis e para a diminuição da dependência energética do exterior. Os custos evitados totalizam 16,6 mil milhões de euros desde 2014.
FONTE: DGEG, WORLDBANK, ERSE, REN, EDA, EEM, análise APREN

CONTRIBUTO DAS FER-E PARA A REDUÇÃO DAS
EMISSÕES DE GASES COM EFEITO
DE ESTUFA (2014-2023)

A eletricidade renovável permitiu evitar, a nível nacional, emissões de CO2 que totalizam 120 megatoneladas de CO2-eq entre 2014 e 2023, o que equivale a cerca de 76,4% das emissões do setor dos transportes rodoviários para o mesmo período. O valor das licenças de emissão de CO2 evitadas foi estimado em 780 milhões de euros em 2023.
FONTE: SendCO2, DGEG, ERSE, REN, EDA, EEM, análise APREN

EMPREGO GERADO PELO SETOR
DA ELETRICIDADE RENOVÁVEL (2014-2023)

O investimento no setor renovável tem contribuído significativamente para a criação de postos de trabalho qualificados (diretos e indiretos) e para o reforço da coesão territorial. No final do ano de 2023, estima-se que o setor renovável empregava mais de 66 mil pessoas.
FONTE: Estudo do Impacto da eletricidade de origem renovável, Deloitte, 2021 (2014-2019); Estudo do Impacto da Eletricidade de Origem Renovável no Preço Suportado pelo Consumidor em 2021, Deloitte 2022; Estudo do Impacto da eletricidade de origem renovável 2023; análise APREN

CONTRIBUIÇÃO DO SETOR DA ELETRICIDADE
RENOVÁVEL PARA O PIB (2014-2023)

A incorporação de fontes renováveis na geração de eletricidade contribuiu com 2,1% para o PIB nacional em 2023. A tecnologia que mais se destaca é a eólica, uma vez que existe uma cadeia de valor que agrega a produção de componentes industriais e um conjunto de atividades de I&D e de serviços.
FONTE: Estudo do Impacto da eletricidade de origem renovável, Deloitte, 2021 (2014-2019); Estudo do Impacto da Eletricidade de Origem Renovável no Preço Suportado pelo Consumidor em 2021, Deloitte 2022; Estudo do Impacto da eletricidade de origem renovável 2023; análise APREN

CONTRIBUIÇÃO DO SETOR DA ELETRICIDADE
RENOVÁVEL PARA A SEGURANÇA SOCIAL,
DERRAMA E IRC

Estima-se que incorporação de fontes renováveis na geração de eletricidade tenha contribuído, nos últimos oito anos, com 4 071 milhões de euros para a Segurança Social, 1 870 milhões de euros para o IRC, 121 milhões de euros para a Derrama, 3 414 milhões de euros para o IRS e 3 370 milhões de euros para o IVA.
FONTE: Estudo do Impacto da eletricidade de origem renovável, Deloitte, 2021 (2014-2019); Estudo do Impacto da Eletricidade de Origem Renovável no Preço Suportado pelo Consumidor em 2021, Deloitte 2022; Estudo do Impacto da eletricidade de origem renovável 2023; análise APREN